Pré-eclâmpsia: uma doença silenciosa
A pré-eclâmpsia é uma doença que acomete apenas gestantes, especialmente as adolescentes, com idade acima de 35 anos, as grávidas pela primeira vez, que já eram portadoras de hipertensão arterial, diabetes anterior à gravidez ou doenças renais.
A doença se instala a partir de 20 semanas, pela inadequada placentação, o que leva a piora progressiva da perfusão placentária, e consequentemente da oxigenação fetal, podendo evoluir com restrição do crescimento, diminuição do volume de líquido amniótico, isquemia de órgãos e óbito fetal.
Além disso, também coloca a mãe em risco, com complicações renais, hepáticas, crises convulsivas; e é a principal causa de morte materna no Brasil.
A doença evolui de forma silenciosa e sintomas não são percebidos precocemente, o que dificulta o diagnóstico.
Esta grave doença pode ser precocemente detectada através da aferição periódica da pressão arterial na gravidez e solicitação de exames complementares. A interpretação correta dos exames por médico obstetra pode evitar danos irreparáveis no feto.
Quando identificada, deve ser manejada de forma cautelosa e a conduta dependerá da gravidade do quadro e idade gestacional, podendo ser indicada a antecipação do parto, internação hospitalar ou uso de medicamentos antihipertensivos.
Não há forma eficaz de prevenir esta doença e a melhor estratégia é a realização de pré-natal por médico obstetra capacitado.